Delfins, 20 anos:
Os Delfins comemoram este ano o seu 20� anivers�rio. Confesso que, por erro meu - j� que reportava o in�cio da banda de Cascais para 1985 -, essa comemora��o escapou-me num post anterior, onde assinalava os 25 anos de Xutos e 10 de Blind Zero.
Sou um apreciador dos primeiros 10 anos da banda. Trabalhos bel�ssimos, que ainda me d�o grande prazer ao reescut�-los. Destaco, como j� o fiz h� umas semanas no meu blogue, o �lbum 'Ser Maior', com a presen�a do ent�o delfim Pedro Ayres Magalh�es, para mim um dos melhores discos portugueses dos 90's.
Os cap�tulos seguintes ao 'Breve Sum�rio da Hist�ria de Deus' continuaram a ser seguidos aqui deste lado, apesar de me dizerem menos que os primeiros trabalhos. N�o entro, apesar disso, no f�cil caminho de criticar uma banda com o trajecto dos delfins, por ser moda faze-lo. Nem me vou esquecer dos primeiros trabalhos, porque eles existem e persistem. E dos discos que seguiram ao de 1994, apenas n�o gostei de 'Se7e'.
No entanto, e depois de ler a cr�tica do Jorge Mourinha ao 'Caminho da Felicidade II' fiquei com curiosidade em rela��o ao disco que compila os trabalhos dos �ltimos 10 anos dos Delfins, juntando-lhes dois temas novos e uma revisita a '1 Lugar ao Sol'. Gostei particularmente de 'O teu nome', can��o que tenho vindo a ouvir, com frequ�ncia, nos �ltimos dias.
O Jorge Mourinha no texto da cr�tica tamb�m fala da quest�o da ascens�o e da queda dos Delfins. Provavelmente e por quest�es de espa�o n�o ter� aprofundado tanto como quereria esse ponto. quer do ponto de vista do fen�meno musical, quer no que diz respeito � Sociologia, � uma quest�o pertinente e deveras interessante, mas olhando para tr�s, todos passa(ra)m um pouco por isso.
O artista portugu�s que mais acompanhei durante os 90's era visto como um 'marginal' e, por v�rias vezes, insultado por espectadores, ao longo dos seus concertos. Hoje �, com todos os riscos que da� adv�m, um dos mais respeitados artistas nacionais - com toda a justi�a, acrescento. Falo concretamente do Jorge Palma. No caso concreto dos Delfins, muitas explica��es poder�o ser lan�adas. Uma delas, do meu ponto de vista, ter� sido a grande exposi��o p�blica que o Miguel �ngelo teve durante e ap�s o grande sucesso do 'Caminho da Felicidade'. O meio � pequeno e as invejas e os �dios de estima��o s�o muitos, sobretudo quando se � mais visivel. Para al�m disso, tamb�m acho que as bandas suced�neas dos Delfins, acabaram por n�o trazer nada de novo, procurando copiar um formato de sucesso, mas, na maior parte dos casos, apesar de um ou outro �xito, sem nada de atraente, antes pelo contr�rio.
Por fim, a quest�o tamb�m levantada do comeback de Abrunhosa: tal como o t�tulo do �lbum indicia, n�o me parece que a resolus�o de um problema de queda, possa ser encontrada por um singelo 'Momento'. Foi, sem margem para d�vida, uma reviravolta, um regresso � m� de cima, mas sem susten��o ou com a habitual tend�ncia para o del�rio, esse pode ser o pren�ncio de uma queda maior.
O Regresso de Aquiles:
Segundo o �lvaro, num dos mais recentes posts, o Jorge Cruz, vocalista dos Superego e com um projecto a solo como 'Pequeno Aquiles', est� a preparar o seu regresso �s edi��es discogr�ficas.
� um regresso que sa�do, at� porque o seu disco a solo est� no meu 'top 10' de discos favoritos. Segundo li num 'Blitz' recente os Superego terminaram, seguindo-se 'A Fanfarra', projecto do qual ouvi falar, pela boca do pr�pria, via N*TV, no Ver�o de 2002.
Fico, em parte, feliz com o final dos Superego. Na minha opini�o, os Superego foram a verdadeira cruz de Jorge. As letras estavam l� - estamos na presen�a de um dos melhores letristas nacionais -, os t�tulos dos discos s�o de uma inspira��o assinal�vel, assim como as suas capas. S� que sonoramente os Superego foram sempre in�cuos, faltando-lhes uma identidade, j� que n�o eram lo-fi, nem MPP, rock ou p�s-grunge. Ao mesmo tempo, tentaram ser todas estas coisas - sobretudo as tr�s �ltimas.
Ao contr�rio, o 'Pequeno Aquiles' - disco desprezado pela maior parte da imprensa nacional - acertou na 'mouche'. A poesia de Jorge Cruz, enquadra-se perfeitamente no lo-fi, na solid�o da voz e da guitarra, com o aroma bem presente da deliciosa praia da barra - muitas das vezes, o mote da suas can��es. Isto sem esquecer o travo a Will Oldham e a Mark Kozelek.
Espero que o novo disco seja o pr�logo desse delicioso primeiro cap�tulo. A bem do quase inexistente sadcore/slowcore nacional - ainda por cima, num bel�ssimo portugu�s.
Everythings Gone Green :
" Onde estavas tu em 2003 ? " ir�o perguntar os Vossos netos em 2037. Uma das minhas respostas poss�veis vai ser: " Era GNR e estava no Iraque a combater pela liberdade por causa das armas qu�micas. N�o � do teu tempo, mas aquilo estava cheio de armas qu�micas..."
Ou ent�o a verdade... " Passei o ano a hibernar at� ouvir o disco do Adam Green, o "Friends of Mine" e, deixa-me que te diga, foi rem�dio santo de uma alegria imediata e contagiante".
Pois, pois. "Friends of Mine". Talvez a melhor banda-sonora para a "nerdland" internacional. Tal como os Mouldy Peaches, a sua banda anterior, Adam Green constr�i as suas can��es com uma inoc�ncia inteligente e uma cuidada banalidade quotidiana que lembra o excelso Jonathan Richman ou o later-day Byrne nos Talking Heads.
Temos bonitas can��es sobre Jessica Simpson ( a actual namorada da Am�rica ), um "Bunnyranch" ( parece divertido: " bind me, gag me, take me to the bunnyranch" ) ou sobre p�ssaros azuis, diamantes nas gengivas dos dentes da sabedoria, o problema do suic�dio nos consumidores e n�o poder sair de casa sem cart�es de cr�dito ( Bluebirds ).
E a soberba �No Legs� que � reveladora quando se ouve logo no verso inicial: � There�s no wrong way to fuck a girl with no legs...Just tell her you love her as she�s falling away�
S�o muitas m�sicas pequenitas para todos os gostos - afinal, estamos a falar de m�sica pop, n�o ? Poucos instrumentos e muitas cordas flutuantes ( pop D.S., i.?. depois de Spector ).
Ali�s para refer�ncias procurem a colect�nea dos 25 anos da Rough Trade, onde Green canta "Eating Nodmix" dos Young Marble Giants ou faz uma vers�o acapella de "Kokomo" dos Beach Boys, no lado B de "Jessica".
� claro que quem acreditar piamente que este disco � um objecto inocente e que n�o corre perigo ap�s a sua audi��o, tamb�m acredita que n�o era o c�o que dava as instru��es a Sam para matar pessoas durante o ver�o quente de 77...
Ou que o White Album dos Beatles n�o foi o medium pelo qual os quatro cavaleiros do apocalipse deram instru��es a Manson para come�ar o julgamento final....
O que est� errado. Muito errado.... Ah ah ah ah!
1. Bluebirds
2. Hard To Be A Girl
3. Jessica
4. Musical Ladders
5. The Prince�s Bed
6. Bunnyranch
7. Friends Of Mine
8. Frozen In Time
9. Broken Joystick
10. I Wanna Die
11. Salty Candy
12. No Legs
13. We�re not Supposed To Be Lovers
14. Secret Tongues
15. Bungee
�Been Caught Covering....�:
Um dos discos mais ignorados do ano passado foi Double Standards, de Lea Delaria. Ao longo de quase uma hora, s�o interpretadas can��es de autores rock ( e de �reas lim�trofes ) com arranjos de quarteto / quinteto Jazz.
Existem m�sicas em que o choque � menor, como "Black Hole Sun", que j� tivera uma vers�o cocktail-lounge na extraordin�ria colect�nea �Loungepallooza� ou o caso de "Been Caught Stealing" onde um sax tenor faz maravilhas, recordando-se o g�nio musical dos Jane�s Addiction. Ah..."Thank You Boys !!!!", anyone ?
Revela��es completas s�o �Philadelphia� de Neil Young com um acompanhamento �glass harmonica� transformando-a numa balada g�lida ou "People Are Strange" em que o contrabaixo vai segurando toda a can��o na corda bamba.
"Call Me" de Debbie Harry ( e do hoje em dia mui olvidado Moroder ), revela-se enquanto can��o de bar decadente em que o porteiro n�o tem um olho e as meninas s�o quase todas contorcionistas tailandesas menos uma que � romena ( embora tamb�m contorcionista, dado ter articula��es duplas ).
"Kiko and The Lavender Moon" � a continua��o de algo sa�do dos sonhos doentes dos chicanos Los Lobos. E depois existe uma raz�o para recordar que Chrissie Hynde j� foi uma das maiores criadoras rock: "Tattoed Love Boys".
Acabo em "Dancing Barefoot". A vers�o da Patti Smith � de uma for�a tel�rica primordial. Esta � uma esp�cie de be-bop lesbo-psic�tico.
For gents of elegant taste, with fondness for the arts....
1. Dancing Barefoot ( Patti Smith Group )
2. Kiko & The Lavender Moon ( Los Lobos )
3. Call Me ( Debbie Harry )
4. Philadelphia ( N.Young )
5. Just A Girl ( No Doubt )
6. Been Caught Stealing ( Jane�s Addiction )
7. Black Hole Sun ( Soundgarden )
8. People Are Strange ( Doors )
9. Tattoed Love Boys ( Pretenders )
10. Alliance ( R. Wyatt )
11. Longview ( Green Day ).
Old Friends.: Como a can��o de Simon & Garfunkel, no Bookends, existem can��es que nos lembram momentos e momentos que nos trazem � mem�ria pessoas. Ouvir � Tom Barman Guy Van Nueten Live� lembra-me muitos momentos e recorda-me v�rias pessoas. Lembra-me o Lu�s e quando o conheci.
Eu estava atr�s de um balc�o a vender discos e ele tinha chegado dos a�ores e andava � procura de um disco de uma banda chamada Deus que tinha visto na MTV. Dia antes eu falara com um casal belga, comparando bandas rock onde me foi referido o nome de dEUS ( n�o, n�o vou fazer piada).
No NME dessa semana falavam de �suds & soda�, das palavras de Tom Barman ( que segundo o jornal era homem para saber quais os males do mundo dado o seu nome ) e das aparentes influ�ncias de John Cale, Captain Beefheart e Violent Femmes. Naturalmente, fiquei curioso...
A hist�ria de dEUS hoje � do dom�nio p�blico. Banda f�tiche-alternativo - estilo Tindersticks e Morphine - tocaram em todos os palcos portugueses. Eu assisti a concertos no coliseus, em paredes de coura, zambujeira, etc...
E n�o vi Tom Barman com Guy Van Nueten no Hard Club, porque achava que j� me bastava. Mas o Lu�s foi ver. E disse-me que perdi um grande concerto, com uma data de vers�es de can��es extraordin�rias. Confesso que fiquei um bocado desiludido mas...
Ontem comprei um �lbum ao vivo gravado em Antu�rpia, Amsterd�o, Dublin Roterd�o, Londres e no Porto ( mais uma vez como o vinho do mesmo nome ) - Vila Nova de Gaia.
Assim, passei a tarde a fazer uma contesta��o ao som de interpreta��es extraordin�rias de cl�ssicos dos dEUS como Right As Rain; Little Arithmetics, Everybody�s Weird e Serpentine ( esta gravada em Gaia ).
E as p�rolas est�o nas covers: o cl�ssico My Funny Valentine e os delicados Fruit Tree e River Man de Nick Drake. Os dada�stas Harry Irene de Beefheart e Le Poin�onneur des Lilas de Serge Gainsbourg. Curiosidades como Memory of a Free Festival de Bowie ( per�odo Space Oddity ), de que n�o h� vers�o ao vivo nos �ltimos 30 anos pelo seu autor.
Can��es reduzidas a voz e guitarra e ao piano de Van Nueten. Sublime. Para quem esteve naquela noite em Gaia e para quem n�o esteve.
J� agora, o Lu�s vai casar em Mar�o... ; )
Cd 1
1. River � ( Joni Mitchel )
2. Right as Rain
3. One Advice, Space,
4. Everybody�s Weird
5. River Man ( N. Drake )
6. My Funny Valentine ( Rodgers / Hart )
7. Memory of a Free Festival ( D. Bowie )
8. Serpentine
9. Fruit Tree ( N. Drake )
10. Magnolia ( J.J. Cale )
11. Nothing Really Ends
Cd2
1. Magdalena
2. Luxury
3. Le Poin�onneur des Lilas ( S. Gainsbourg )
4. Little Arithmetics
5. Harry Irene ( Don Van Vliet )
6. After Midnight ( J.J. Cale )
L Histoire d�O:
... E como qualquer outro romance er�tico de �ndole sado-maso, o disco de t�tulo quasi hom�nimo de Damien Rice, simplesmente intitulado "O", � capaz de proporcionar emo��es entre a dor e o prazer intenso.
O livro de Dominique Aury ( alias Pauline R�age ) trata de jogos de domina��o e sedu��o, em que o escravo acaba por ser o senhor. O �lbum oscila entre a o amor levado � obcess�o ( "...I can�t take my eyes out of you.." ) e o desespero resignado ( em "cold water" ).
Existem momentos de pura magia, em que as can��es ascedem, resvalam, descem, transformam-se em cacafonia, palavras soltas de desespero e juras de amor. Falo de grava��es como "the blower�s daughter" ou da faixa que encerra este "Astral Weeks" para os primeiros anos dos duplos mil, a sublime "Eskimo", com coda final em finland�s.
Lembra-me Van Morrison ( quer o autor de Madam George, que o jovem Rice s�o irl�ndeses ). Recorda-me Ben Chritophers, Jeff Buckley, Sparklehorse. Jeff Klein e Matthew Sweet. Transporta-me para as mesmas paisagens de uma velha Jerusalem, como se William Blake por aqui andasse.
Destaque para as faixas escondidas, especialmente a releitura de "Silent Night" com letra e vocaliza��o da magistral Lisa Hannigan.
Nota: David Arnold - �ltimas orquestra��es 007 - � familiar de Rice e ajudou a que este tivesse condi��es para gravar "O". Fez ainda os arranjos e produziu "Amie".
Nota 2: Damien Rice esteve em Portugal a fazer a primeira parte de Lamb.
1. Delicate
2. Volcano
3. The blower�s daughter
4. Cannonball
5. Older chests
6. Amie
7. Cheers darlin�
8. Cold water
9. I remenber
10. eskimo
Bye Bye Rob Young:
No editorial da mais recente The Wire (capa - magn�fica - com os Einst�rzende Neubauten), Rob Young anuncia a sa�da do posto de director. O manda-chuva que se segue � Chris Bohn, aka Biba Kopf.
Tinha gostado de ver que voltas daria a revista se, por exemplo, Peter Shapiro tivesse sido o escolhido mas, com a longa experi�ncia de Chris Bohn na imprensa musical, ainda por cima com uns anos de rodagem pelo NME na interessant�ssima e enigm�tica e confusa e cerebral e activista fase da primeira metade dos 80s (n�o confundir, em circunst�ncia alguma, com a nulidade do NME actual), fica a enorme curiosidade para ver se ele atenua parte da tend�ncia algo esot�rica e esteticamente fechada e anti-pop do consulado Young. (Palpite pessoal: gostava, mas n�o acredito muito.) Eventuais resultados da mudan�a s� devem surgir, digo eu, l� para Maio/Junho
P.S. - Parece que Rob Young vai andar pelo Porto no in�cio de Fevereiro, em fun��es de rep�rter num festival de m�sica experimental levado a cabo pelo TNSJ.
End of a Dog Day Gone By:
O �ltimo n�mero da Mojo ( Fevereiro ) recupera o mito pop dos efeitos da LSD-25 na cria��o pop, contando est�rias sobre "boas viagens e m�s viagens".
A banda sonora poss�vel:
- Spirit - 12 dreams of Dr. Sardonicus;
- Love - Forever Changes;
- Doors - Strange Days;
- Primal Scream - Screamadelica;
- Rolling Stones - Their Satanic Majesties Request;
- Grateful Dead - Live / Dead;
- Jimi Hendrix - Are You Experienced ?;
- Pink Floyd - A Piper at the Gates Of Dawn;
- Jefferson Airplane - After Bathing At Baxter�s;
- Moby Grape - 1 st album;
- 13 th Floor Elevathors - The Psychadelic sounds of ....;
- Julian Cope - Fried;
- Happy Mondays - Bummed;
- V / A Nuggets: Original Artyfacts from the First Psychadelic Era 1965 / 1968.
Para quando a canoniza��o de Syd Barrett, Roky Eriksson e Julian Cope ?
STELLASTARR* ou como deixei de me preocupar com a sanidade e a amar a bomba* :
�.... � claro que quando a senhora falou em advogados de crime tudo me pareceu normal.... E quando me disse que tinha sido cantora ( no conservat�rio ) e tinha escrito v�rias can��es para o Marco Paulo, n�o vi porque n�o.... Disse-me que era detentora de uma grande fortuna e n�o tinha um tost�o. Que o seu marido, o maior vil�o desde Mata-sete, lhe tinha forjado assinaturas e falsificado contratos. E eu, com uma grande dose de amor pelo reino do surreal, fui ouvindo.
Ent�o, explicou-me que a filha � que estava na sala de espera � fora, em tempos, sequestrada pelo pai tirano e for�ada a escolher um eleito como seu nubente entre seis homens � disposi��o.... Oh ! A perf�dia !
E de repente... De repente come�ou a explicar que o que realmente a trazia pelo escrit�rio naquela ocasia�o era os maus tratos infligidos por Sr. X, o conjugue terr�vel, ao filho... E narrou em transe quasi hipn�tico:
� Sr.Dr. ele � muito mau com o meu filho! D�-lhe subst�ncias t�xicas e qu�micas e droga ! Injecta-o contra a vontade e espanca-o ! E utiliza a pol�cia para o fazer ! Ainda no dia 22 vieram 37 inspectores e 27 agentes e levaram o meu filho na mala do carro... E meteram na mala c�es ! C�es, Sr. Dr. ! Porque o meu marido lhes pagou muitos exapentamilh�es !
�Exapentamilh�es�... De repente, estava a ver um bloco de notas em que eram discriminados todos os valores, em exapentamilh�es, devidos pelas can��es na Coreia, no Jap�o, na Austr�lia... Todo a d�vida do sudeste asi�tico e Oce�nia dava para acabar com a fome em �frica atrav�s de chefes de nouvelle cuisine....Foi a� que achei melhor desistir...�
STELLASTARR* - STELLASTARR*
Voc� � daqueles que gosta de um pa-ra-pa-pa-pa ? � um mel�mono que assobia e cantarola as can��es pop da sua especial predilec��o sem qualquer falso pudor ? Tamb�m gosta de uma pitadinha de na-na-na-na nos seus �tr�s acordes� dan��veis ?
E tudo isto numa s� can��o. Falo de � No Weather�. N�o � a melhor do �lbum, � s� a que est� a tocar. Mas podia ser qualquer outra: Jenny, My Coco, Homeland ou o single Somewhere Across Forever, j� conhecido.
Os Stellastarr* s�o americanos, radicados em Nova Iorque e formaram a banda na escola de arte ( que raio de locais !!!! Pior mesmo s� universidades de direito ). E o culto leitor pergunta: Isto n�o me soa a Talking Heads, dadas as coincid�ncias atr�s descritas ?
N�o, a �nica banda americana a que isto soa s�o os Pixies ( guitarras em crescendo, deliciosos berros hist�ricos e harmonias vocais � la Peter, Paul & Mary ). De resto, ouviram muito The Cure e demais bandas da brigada da gabardine anos 80. Ah, e dizem que gostam de Pulp. Mas, quem � que n�o gosta ? Disso e de crian�as...
1 ) In The Walls;
2 ) Jenny;
3 ) A Million Reasons;
4 ) My Coco;
5 ) No Weather;
6 ) Moongirl;
7 ) Somewhere Across Forever;
8 ) Homeland;
9 ) Untitled;
10 ) Pulp Song
Produzido por Tim O�Heir. RCA 2 004.
* Qualquer semelhan�a com a realidade � pura coincid�ncia
Alive @ Sin :
J� repararam na quantidade de can��es do Tom Waits que come�am com um simples "Well ...". Na trilogia Swordfishtrombones > Raindogs > Frank�s Wild Year�s � enorme.
Como banda sonora temos "listen to the lion" - Van Morrisson in Saint Dominic�s Preview. � o som daquela f�bula do Rato, do Le�o e do espinho. Lembro-me de qualquer projec��o no infant�rio, na d�cada de setenta do s�culo passado.
E Jackie Wilson said ( I�m in heaven when you smile ). The Celtic Soul Brothers e Too-Rye-Aye...
Well Well Well .... Simples Well. Captain Beefheart in Trout Mask Replica. A melhor capa rock de todos os tempos nesta semana.
E, bem... Eu tinha pensado escrever algo sobre Live at Sin-�. Jeff Buckley, descoberto com este disco. Um rapaz a distribuir discos do cat�logo da Big Cat. Eternal Life e estavamos no seu trilho...
The way young lovers do. Astral Weeks e Van, the Man again.
Bem, e a marta que me passou a pedir discos "t�o bons como aquele do Jeff Buckley..."
E a Sony portuguesa que n�o sabia o que tinha ( e a sua cong�nere estrangeira, idem ) at� o Mississipi encher os seus cofres....
Dylan em Just Like a Woman ou I shall be released.
Nusrat Fated Ali Khan. Tim Buckley. Tom Verlaine. E, bem, Lover, You�ve should come over...
:
No F�rum Sons algu�m escreveu �cambada de putos arrogantes-pedantes-imberbes com a mania�. Imagino que o tenha feito com inten��es depreciativas. Mas o contexto n�o interessa.
O que interessa � que, quando tiver uma revista de m�sica, este ser� um nome a considerar. Fortemente.
(J� imaginaram o contr�rio de �cambada de putos arrogantes-pedantes-imberbes com a mania�? Assusta, n�o assusta?)
Obrigado aos cavalheiros deste estabelecimento por imaginarem que � boa ideia aturarem-me.
[Daft Punk - �Aerodynamic (Daft Punk Remix)� ; �Harder, Better, Faster, Stronger (The Neptunes Remix)�]
E se depois ????:
Imaginem um universo paralelo onde a hist�ria do Rock �n� Roll � rescrita e as imagens mostram-nos o mar de possibilidades de que Patti Smith falava em Horses.
Essa dimens�o paralela existe desde os idos de 70. A rota estelar para o cora��o do sol tem como coordenadas � Rock Dreams�, com pinturas a. k. a. �fotografias � la Sandman� de Guy Pellaert ( holand�s ) e coment�rios a.k.a. �relatos onanistas� de Nick Cohn ( Ingl�s ), em reedi��o Taschen.
Fechem os olhos e vejam como a revolu��o ( que ser� �telepatizada� ) sucedeu:
- Rolling Stones em pose de oficiais das S.S. de causar pesadelos aos futuros condenados no processo Casa Pia. Cerca de seis raparigas em idade pueril, com Charlie a tocar o violino, Keith a tomar ch� e Sir Mick ( com ligas ) agarrado ao seu �crotch�.
- A luz branca de Nova Iorque. Velvet Underground nos becos e agulhas na casa de banho. Sterling vem da luz.
- Beatles em pose de embaixadores da commonwealth. Ch� com a rainha ( m�e de freddie de zanzibar ) em azul.
- Dylan: Hobo > a New York City Folker > Superstar > Country Messiah. Com gato ( como in Like a Rolling Stone �...a siamese cat ...�
- E Frank. O conceito da m�sica popular. A imagem de todo o Rock �n� Roll. O Alfa e o Omega. A serpente ourobouros. A caminho de Hollywood ( golgota onde imolaram o filho, Elvis ) e nas sombras. One for My baby.. One more for the Road...
- Chairmen of the board: Isaac Hayes; Marvin Gaye; Sly Stewart; Curtis Mayfield; Rebbeca Flack e a sombra tutelar de Hendrix.
- E Jim. Na Roadhouse. Na cristandade do momento na casa de banho parisiense.
E as outras todas .... A �ltima ceia de Elvis ( o criador do som do Rock �n� roll ).... Phill Spector... Jerry Lee e Myra....
Meu deus ! quero ir para casa, esquecer o julgamento no tribunal de pequena inst�ncia c�vel, tirar a gravata e por a tocar no gira-discos... � Brothers and sisters ! Brothers and sisters ! Is now time for you to decide... Are you gonna be a part of the problem or are you gonna be a part of the solution ???? Kick out the jams, motherfuckers !!!!!! �
�Rock Dreams� � Guy Pellaert com Nick Cohn - Reedi��o Taschen.
Nota: Pellaert fez, durante os anos 70 v�rias capas de discos. As mais famosas s�o a escadaria e banda do It�s Only Rock �n �Roll dos Rolling Stones ( Rolling Stones Records 1975 ) e o Diamond Dogs ( RCA 1974 ) de David Bowie ( em que o h�brido bowie / grand danois teve o pirilau apagado pelos censores da RCA ).
Libertem Joe Strummer !:
E o captiveiro a abrir, como o "nosso bardo imortal" afirma, ser� o da lei da morte... Ser� o do esquecimento e da ignor�ncia. O pr�prio Strummer fez quest�o em desaparecer no seu per�odo p�s-clash... Talvez sentimento de culpa pelo Cut The Crap e pelos maus tratos � sua nemesis Mick Jones. Talvez a dor sentida pelo fim do sonho dos novos contratos para todos os Punks.
Eu sinto saudades de ter 15 anos e ter a sorte de ouvir discos como o London Calling. De dan�ar can��es como o Train in Vain. Hoje divirto-me com uma ironia mordaz e pessoal ao experimentar cada segundo de I Fought The Law .... Porque supostamente a Lei ganhou.
Cam�es falava de Afonso de Albuquerque a prop�sito "daqueles que da lei da morte se v�o libertando"... Um Vice-rei sanguin�rio... Bombas em Goa, Dam�o e Diu... Nada pelos Sandinistas, bombas em Espanha e ideais Punk que tanto podiam ser refletidos em can��es como Janie Jones ( ... "he�s in love with the rock�n�roll world... " ) como nos �ltimos dias...
Com os mescaleros ou com Johnny Cash. Com Redemption Song .... "All the pirates, they all rob us... "
Obrigado, Mr. Joe.
Post scriptum: um dos sonhos antigos e cont�nuo objectivo anual � arranjar o primeiro Elvis para a RCA em vinil. A raz�o ? Tem tudo a ver com a capa do London Calling.
PT#01 : :
Reparo que, sobretudo, no �ltimo ano e meio, se voltou a falar muito de m�sica portuguesa. Diria que ainda bem, pois, quem escreve estas linhas, tem na sua colec��o de discos originais, que at� nem � pequena, praticamente 3/4 dedicada ao que se faz/fez por c� ao longo das �ltimas d�cadas.
Mas, como j� � habitual entre n�s, fala-se sempre pelos piores motivos e num discurso redondo e sempre igual, que, no fundo, d� visibilidade aos mesmos 'tubar�es', que v�o desde os patr�es das editoras, ao minusculo leque de artistas que domina o nosso mercado musical. Surgiram funda��es e, posterioremente, a RTP levou a cabo um programa, de largas horas, onde se debateram uma s�rie de quest�es. Com a demagogia de sempre, parecia, ao comum dos mortais, que algo ia mudar.
Quase um ano depois, desse primeiro ser�o de domingo de Fevereiro de 2003, como � natural, nada mudou - tudo continua mal ou ainda pior, e o pouco que melhorou em nada se deveu aos principais protagonistas dessa noite televisiva, que se prolongou at� �s primeiras horas do dia seguinte.
Mas uma curiosidade se levanta: entre os poucos a quem foi dada mais 'voz', nessa noite, est�o 3 dos artistas que mais venderam em 2003 no nosso pa�s e que continuam - aparentemente - � frente de uma 'batalha', que n�o me parece ser a deles.
Hipocrisia? Do meu ponto vista, quanto baste.
Enquanto a luta 'v�sivel' for comandada por quem domina o mercado, n�o vamos, como � natural, a lado nenhum. Esse � o passo decisivo para a 'ditadura cultural', para a qual o brilhante soci�logo portugu�s, Paquete de Oliveira, alertava, em meados da d�cada 80, numa �pica entrevista ao n�o menos brilhante Jo�o Peste Guerreiro, l�der dos Pop dell'Arte e fundador da Ama Romanta, a mais importante editora criada, at� hoje, em solo nacional, nessa luta contra a mediocridade e a opress�o cultural.
E � nesse estado ditatorial que vamos (sobre)vivendo. Uns ficam pelo caminho, cansados de uma guerra perdida, outros deixam de lutar - uns porque cedem ao poder reinante, outros porque j� n�o se querem chatear. Sobram ainda os que acreditam que vale a pena lutar, procurando outras/novas formas de combate, j� que s�o habilidosamente silenciados.
Surgiu tamb�m uma nova gera��o, mas, na maior parte dos casos - h�, como � natural, honrosas excep��es -, e apesar da forte liga��o �s novas tecnologias, o seu peso � limitadissimo. A visibilidade ao grande p�blico � escassa, e mesmo que n�o o fosse, na maior parte dos casos, a nada levaria, pois o desinteresse, por estas coisas, � elevado. A maior parte parece mais preocupada, exactamente, com o querer aparecer e ser famoso a todo o custo, o que o 'poder' acaba por agradecer, pois s�o fen�menos, na maior parte dos casos, ligeiros e passageiros, que n�o perdurar�o no tempo.
Vejo, no entanto, entre aqueles que n�o desistem da 'luta', um ataque cerrado �s r�dios e suas playlists. Como � �bvio, � mais um dos v�rios 'polvos' da ditadura cultural, que procura derrotar, definitivamente, os programas de autor. Mas � importante n�o esquecer que quem faz r�dio n�o me parece que seja o respons�vel por isso. Limita-se a seguir ordens, como muitos artistas, que transformam m�sicas de 5 minutos em 3, para gravarem um disco por uma multinacional. E a televis�o? Onde est�o os programas de m�sica nacional - independente ou n�o? At� o 'fil�o' pimba da segunda metade dos 90's conheceu o seu fim.
Porque � que desde que acabou o 'Miguel Angelo: ao vivo' nunca mais se fez nada do g�nero? Mas ao falar-se desse programa, convem n�o esquecer que, ao longo do seu meio ano de dura��o, passou do quase 'prime-time' para a madrugada, e do s�bado foi atirado para meio da semana. Belo tratamento! Era bem possivel fazer-se um programa assim, com custos bem mais reduzidos - se bem me recordo, foi a 'desculpa' oficial -, como o provam curtas experi�ncias feitas no 'curto circuito', da SIC Radical, ou, mais duradoura, no 'XPTO', da NTV, a prestarem verdadeiro servi�o p�blico de televis�o, ao contr�rio do que acontece com a RTP, que, por exemplo, dedica 6 horas da sua programa��o di�ria a programas de conversa da treta, marcados por sorrisos quase enlatados, a cada 30 segundos.
Tal como Paquete de Oliveira e Jo�o Peste, acredito que ser� possivel derrotar as ditaduras culturais. No entanto, parece-me, cada vez mais complicado. A sobreviv�ncia musical � quase um mito, mas isso at� poder� ser uma importante fonte de subtrac��o de oportunistas. O perigo, ao contr�rio do que muitos autores pensam - e n�o as editoras-, at� n�o estar� nos mp3 ou na pirataria, mas a solu��o, poder� mesmo ser a 'ciber-ecologia'.
Revolu��es em Portugal:
" METRODISCOS 2004 @ BLITZ - A REVOLU��O DISCOGR�FICA CHEGOU! "
Esta � a pedra filosofal da temporada. A descoberta alqu�mica para que:
1 ) se acabe com o facto dos portugueses n�o comprarem m�sica feita em Portugal;
2) os portugueses deixem de afirmar que os cds s�o caros ( e fazerem o que falamos em 1);
3 ) os artistas portugueses n�o esperem uma vida inteira para chegar ao seu p�blico( sic );
4 ) os discos dos artistas portugueses ( que s�o lan�ados ) n�o se percam nos escaparates das lojas ( idem );
5 ) o Jornal Blitz e a Metrodiscos se associem para que, desde Fevereiro a Dezembro de 2004, determinada m�sica portuguesa seja distribu�da - atrav�s desse ilustre seman�rio - para que possa chegar a mais ouvintes;
6 ) o pre�o desses cds seja na casa dos � 7, 50 e os 9, 00;
7 ) existam parceiros que queiram apoiar t�o nobre iniciativa como a Antena 3;
8 ) e que se permita a que, 3 semanas antes da edi��o via Blitz sejam enviados 500 CDs para outros tantos �rg�os de comunica��o social (r�dios, jornais, revistas, sitios de internet, TVs), para estes poderem dar a sua opini�o;
Isto tudo � excelente.
Med�ocre � ideias paladinas como quando se afirma que: " N�o h� obriga��es para a ind�stria discogr�fica porque se calhar est�o a criar uma nova ind�stria".
Ou quando se explica que "todas as edi��es ter�o edi��o comercial via FNAC, um m�s ap�s a edi��o Metrodiscos / Blitz e que o seu pre�o n�o ultrapassar� os 11,50 Euros".
"Agora j� n�o h� desculpa para n�o comprar discos".
1 ) Que se queira reduzir custos de distribui��o, muito bem;
2 ) Que se pretenda dar a conhcer artistas novos ( e que a concentra��o das grandes lojas tem feito perigar ), perfeito;
3 ) Que se baixe o pre�o dos cds, excelente;
No entanto, as exclusividades t�m o seu pre�o. Primeiro destroem a concorr�ncia, segundo manipulam os gostos dos consumidores.
� lament�vel que n�o exista respeito entre os ditos parceiros na ind�stria discogr�fica. E � triste que tal suceda, na grande maiorira das vezes, por parte dos que julgam ter algum poder em m�os.
Quando algu�m come�a a escrever uma can��o, numa guitarra, num laptop, numa mesa de caf� ou em qualquer outro s�tio e com qualquer outro meio, � bom que se esque�a que a partir da�, e se quiser chegar a mais pesoas, vai ter que enfrentar jornalistas, editoras, distribuidoras, advogados, contabilistas, lojistas e toda uma ind�stria montada para o devorar....
Mas isso qualquer rapaz de 12 anos o sabe. Era bom que soubesse � que, um destes dias, o monop�lio � t�o forte que mais vale arrumar a guitarra.
PT '04:
Em ano das bodas de prata dos Xutos e de uma d�cada de Blind Zero - cujos anivers�rios j� foram avan�ados aqui pelo 'General', que declarou o Via R�pida como blog oficial das comemora��es -, v�rios lan�amentos de discos est�o previstos de forma a agitar as �guas, demasiadas vezes, excessivamente calmas. Por aqui, o mais aguardado � o regresso de Anabela Duarte, com o seu Digital Quartet, em 'Blank Melodies'. Pelo que j� ouvi, pode-se esperar um regresso em for�a ao pop, de suporte electr�nico, por vezes perto do caber�. Tamb�m o enorme Jos� M�rio Branco regressar�, por altura das comemora��es dos 30 anos p�s-25 de Abril 1974, com um novo disco de originais, que est� a ser gravado nesta altura. Para este m�s de Janeiro est� previsto, finalmente, o lan�amento de 'Flic Flac Circus', dos festivos Sloppy Joe, ao que tudo indica - e em 'manobra' que se sa�da - via Blitz. E essa poder� ser uma das cenas mais saud�veis para os nossos bolsos, pois, ao que tudo indica, ser� extensivel a outros projectos, combatendo a mediocridade da ditadura cultural das 'nossas' (?!) editoras, que s�o os lan�amentos a 20 euros, mesmo que se desconhe�a a posi��o do grupo de 'amigos da m�sica portuguesa', como os 'tubar�es' Represas e Veloso e o 'fatela pop' Gameiro, que, felizmente, n�o dever� 'parir' nenhuma atrocidade em '04. salvo alguma surpresa via novelas da tvi em vers�o 'non stop' 18-0.30. Tamb�m em Janeiro, "Feeding the Machine" dos portuenses X-Wife, que teve em '03, com o single 'Rockin' Rio', um bom cart�o de visita, a criar grandes expectativas para este disco de estreia. '04 trar� tamb�m, os regressos esperados de Cl� e M�o Morta, com novos discos de originais, assim como os pr�ximos cap�tulos de Da Weasel e Yellow W Van, e tamb�m dos Hipn�tica - j� em Fevereiro - e dos Wray Gunn, tr�s anos depois de 'Soul Jam'. Em Fevereiro, disco de estreia dos Loto, depois do single orelhudo 'Good Feeling' - dance music on the radio -, com produ��o de Armando Teixeira. E o 'indie' nacional, na maior parte dos casos via Borland, ter� v�rios lan�amentos: novo disco de Old Jerusalem, p�s o muito elogiado 'April', e estreia dos �lga, finalistas do Term�metro Unplugged 2003, e dos Spacial White Noise, de um dos elementos dos Alla Polacca, que tamb�m dever�o ter disco em '04. The Unplayable Sofa Guitar, de Paulo Miranda, os bracarenses Wave Simulator, e os lisboetas Loosers, do ex-Um Zero Amarelo e Pop dell'Arte, Tiago Miranda, e os conimbricenses A Jigsaw, pela Som S�nico, tamb�m preparam edi��es para este ano.